domingo, 28 de novembro de 2010

Legalização das drogas: a solução vigente no país.


Os últimos fatos expostos na mídia mostram uma verdadeira guerra civil no Rio de Janeiro e a presença de um estado paralelo. Acontecimentos estes que não são surpresa para o brasileiro, pois já foi motivo de capa da revista Veja em 1981 e a situação de lá para cá somente agravou. A sociedade precisa de uma solução para estes fatos cotidianos que causam mortes e mais mortes. 
A função do estado não é intervir nas escolhas de seus cidadãos (claro que desde que a escolha do indivíduo não gere mal a outro indivíduo), então o estado proíbe alguns entorpecentes na tentativa de proteger seus cidadãos dos supostos males causados pelo uso dos mesmos, porém, ao mesmo tempo que 'protege' alguns cidadãos, ele também mata alguns indivíduos que vivem em meio a guerra civil criada por traficantes e policiais. Perceba que ao mesmo tempo que o estado protege o futuro usuário ele mata de forma indireta aqueles que vivem nos arredores das regiões de confronto. Também pode-se citar as vidas de jovens com poucas oportunidades de carreiras que são estragadas pelas propostas de ascensão financeira que o tráfico lhes proporciona.

Agora tratando de prejuízos ao orçamento público, a guerra contra o tráfico rende prejuízos exorbitantes ao estado, esse prejuízo é taxado no imposto que nós, contribuintes, pagamos ao estado. Com as drogas ilícitas descriminalizadas haveria indústrias para fabricá-las o que renderia impostos ao governo e diminuição nos gastos de segurança pública e também mais empregos seriam gerados. Com o dinheiro que proveria dos impostos pagos pelas indústrias de entorpecentes o governo poderia fazer mais campanhas de conscientização contra as drogas. Também posso citar o aumento da qualidade da fabricação, pois haveria a regulação feita por fiscais sanitários do governo.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos constatou que 40% da população americana usa ou já usou maconha. Diante disto podemos constatar que a proteção que o estado tenta proporcionar ao cidadão é falha.
A exemplo de Portugal que descriminalizou as drogas, nota-se hoje que não houve aumento do número de usuários viciados e houve a diminuição nos números de mortes por infecção causadas por agulhas de seringas. O que refutaria o argumento dos mais conservadores que aumentaria o número de viciados.
Há aqueles que dizem que o problema atual seria a ineficiência do estado no combate às drogas e o que se sabe é que um aumento no combate, além de causar maior custo aos cofres públicos, o que acarretaria um aumento de impostos, também veríamos um aumento exponencial de tragédias como a que tivemos no Rio de Janeiro. E valeria a pena aumentar uma guerra para proteger uma pessoa que optou pelo uso da droga enquanto poderia viver sem ela e ao mesmo tempo punir os cidadãos que vivem nos estados paralelos dominados pelo tráfico? Me refiro àqueles que trabalham honestamente e moram na favela. A solução parece estar na legalização e no aumento da conscientização contra o uso de entorpecentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário